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RESPONDEU, porém, Jó, dizendo:
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Até quando afligireis a minha alma, e me quebrantareis com palavras?
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3 |
Já dez vezes me vituperastes; não tendes vergonha de injuriar-me.
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Embora haja eu, na verdade, errado, comigo ficará o meu erro.
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Se deveras vos quereis engrandecer contra mim, e argüir-me pelo meu opróbrio,
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6 |
Sabei agora que Deus é o que me transtornou, e com a sua rede me cercou.
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7 |
Eis que clamo: Violência! Porém não sou ouvido. Grito: Socorro! Porém não há justiça.
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8 |
O meu caminho ele entrincheirou, e já não posso passar, e nas minhas veredas pôs trevas.
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9 |
Da minha honra me despojou; e tirou-me a coroa da minha cabeça.
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10 |
Quebrou-me de todos os lados, e eu me vou; e arrancou a minha esperança, como a uma árvore.
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11 |
E fez inflamar contra mim a sua ira, e me reputou para consigo, como a seus inimigos.
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12 |
Juntas vieram as suas tropas, e prepararam contra mim o seu caminho, e se acamparam ao redor da minha tenda.
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13 |
Pôs longe de mim a meus irmãos, e os que me conhecem, como estranhos se apartaram de mim.
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14 |
Os meus parentes me deixaram, e os meus conhecidos se esqueceram de mim.
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15 |
Os meus domésticos e as minhas servas me reputaram como um estranho, e vim a ser um estrangeiro aos seus olhos.
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16 |
Chamei a meu criado, e ele não me respondeu; cheguei a suplicar-lhe com a minha própria boca.
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17 |
O meu hálito se fez estranho à minha mulher; tanto que supliquei o interesse dos filhos do meu corpo.
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18 |
Até os pequeninos me desprezam, e, levantando-me eu, falam contra mim.
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19 |
Todos os homens da minha confidência me abominam, e até os que eu amava se tornaram contra mim.
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20 |
Os meus ossos se apegaram à minha pele e à minha carne, e escapei só com a pele dos meus dentes.
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21 |
Compadecei-vos de mim, amigos meus, compadecei-vos de mim, porque a mão de Deus me tocou.
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22 |
Por que me perseguis assim como Deus, e da minha carne não vos fartais?
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23 |
Quem me dera agora, que as minhas palavras fossem escritas! Quem me dera, fossem gravadas num livro!
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24 |
E que, com pena de ferro, e com chumbo, para sempre fossem esculpidas na rocha.
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25 |
Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra.
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26 |
E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus,
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27 |
Vê-lo-ei, por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros o contemplarão; e por isso os meus rins se consomem no meu interior.
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28 |
Na verdade, que devÃeis dizer: Por que o perseguimos? Pois a raiz da acusação se acha em mim.
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29 |
Temei vós mesmos a espada; porque o furor traz os castigos da espada, para saberdes que há um juÃzo.
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