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RESPONDEU, porém, Jó, dizendo:
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Ouvi atentamente as minhas razões; e isto vos sirva de consolação.
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Sofrei-me, e eu falarei; e havendo eu falado, zombai.
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4 |
Porventura eu me queixo de algum homem? Porém, ainda que assim fosse, por que não se angustiaria o meu espÃrito?
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5 |
Olhai para mim, e pasmai; e ponde a mão sobre a boca.
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Porque, quando me lembro disto me perturbo, e a minha carne é sobressaltada de horror.
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7 |
Por que razão vivem os Ãmpios, envelhecem, e ainda se robustecem em poder?
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8 |
A sua descendência se estabelece com eles perante a sua face; e os seus renovos perante os seus olhos.
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9 |
As suas casas têm paz, sem temor; e a vara de Deus não está sobre eles.
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10 |
O seu touro gera, e não falha; pare a sua vaca, e não aborta.
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11 |
Fazem sair as suas crianças, como a um rebanho, e seus filhos andam saltando.
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12 |
Levantam a voz, ao som do tamboril e da harpa, e alegram-se ao som do órgão.
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13 |
Na prosperidade gastam os seus dias, e num momento descem à sepultura.
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14 |
E, todavia, dizem a Deus: Retira-te de nós; porque não desejamos ter conhecimento dos teus caminhos.
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15 |
Quem é o Todo-Poderoso, para que nós o sirvamos? E que nos aproveitará que lhe façamos orações?
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16 |
Vede, porém, que a prosperidade não está nas mãos deles; esteja longe de mim o conselho dos Ãmpios!
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17 |
Quantas vezes sucede que se apaga a lâmpada dos Ãmpios, e lhes sobrevém a sua destruição? E Deus na sua ira lhes reparte dores!
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18 |
Porque são como a palha diante do vento, e como a pragana, que arrebata o redemoinho.
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19 |
Deus guarda a sua violência para seus filhos, e dá-lhe o pago, para que o conheça.
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20 |
Seus olhos verão a sua ruÃna, e ele beberá do furor do Todo-Poderoso.
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21 |
Por que, que prazer teria na sua casa, depois de morto, cortando-se-lhe o número dos seus meses?
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22 |
Porventura a Deus se ensinaria ciência, a ele que julga os excelsos?
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23 |
Um morre na força da sua plenitude, estando inteiramente sossegado e tranqüilo.
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24 |
Com seus baldes cheios de leite, e a medula dos seus ossos umedecida.
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25 |
E outro, ao contrário, morre na amargura do seu coração, não havendo provado do bem.
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26 |
Juntamente jazem no pó, e os vermes os cobrem.
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27 |
Eis que conheço bem os vossos pensamentos; e os maus intentos com que injustamente me fazeis violência.
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28 |
Porque direis: Onde está a casa do prÃncipe, e onde a tenda em que moravam os Ãmpios?
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29 |
Porventura não perguntastes aos que passam pelo caminho, e não conheceis os seus sinais,
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30 |
Que o mau é preservado para o dia da destruição; e arrebatado no dia do furor?
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31 |
Quem acusará diante dele o seu caminho, e quem lhe dará o pago do que faz?
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32 |
Finalmente é levado à sepultura, e vigiam-lhe o túmulo.
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33 |
Os torrões do vale lhe são doces, e o seguirão todos os homens; e adiante dele foram inumeráveis.
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34 |
Como, pois, me consolais com vaidade? Pois nas vossas respostas ainda resta a transgressão.
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