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ENTÃO Jó respondeu, dizendo:
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Oh! se a minha mágoa retamente se pesasse, e a minha miséria juntamente se pusesse numa balança!
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Porque, na verdade, mais pesada seria, do que a areia dos mares; por isso é que as minhas palavras têm sido engolidas.
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4 |
Porque as flechas do Todo-Poderoso estão em mim, cujo ardente veneno suga o meu espÃrito; os terrores de Deus se armam contra mim.
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5 |
Porventura zurrará o jumento montês junto à relva? Ou mugirá o boi junto ao seu pasto?
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Ou comer-se-á sem sal o que é insÃpido? Ou haverá gosto na clara do ovo?
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7 |
A minha alma recusa tocá-las, pois são para mim como comida repugnante.
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Quem dera que se cumprisse o meu desejo, e que Deus me desse o que espero!
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E que Deus quisesse quebrantar-me, e soltasse a sua mão, e me acabasse!
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Isto ainda seria a minha consolação, e me refrigeraria no meu tormento, não me poupando ele; porque não ocultei as palavras do Santo.
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11 |
Qual é a minha força, para que eu espere? Ou qual é o meu fim, para que tenha ainda paciência?
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12 |
É porventura a minha força a força da pedra? Ou é de cobre a minha carne?
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Está em mim a minha ajuda? Ou desamparou-me a verdadeira sabedoria?
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Ao que está aflito devia o amigo mostrar compaixão, ainda ao que deixasse o temor do Todo-Poderoso.
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Meus irmãos aleivosamente me trataram, como um ribeiro, como a torrente dos ribeiros que passam,
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Que estão encobertos com a geada, e neles se esconde a neve,
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No tempo em que se derretem com o calor, se desfazem, e em se aquentando, desaparecem do seu lugar.
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18 |
Desviam-se as veredas dos seus caminhos; sobem ao vácuo, e perecem.
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19 |
Os caminhantes de Tema os vêem; os passageiros de Sabá esperam por eles.
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20 |
Ficam envergonhados, por terem confiado e, chegando ali, se confundem.
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Agora sois semelhantes a eles; vistes o terror, e temestes.
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Acaso disse eu: Dai-me ou oferecei-me presentes de vossos bens?
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Ou livrai-me das mãos do opressor? Ou redimi-me das mãos dos tiranos?
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Ensinai-me, e eu me calarei; e fazei-me entender em que errei.
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Oh! quão fortes são as palavras da boa razão! Mas que é o que censura a vossa argüição?
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Porventura buscareis palavras para me repreenderdes, visto que as razões do desesperado são como vento?
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Mas antes lançais sortes sobre o órfão; e cavais uma cova para o amigo.
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Agora, pois, se sois servidos, olhai para mim; e vede se minto em vossa presença.
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Voltai, pois, não haja iniqüidade; tornai-vos, digo, que ainda a minha justiça aparecerá nisso.
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30 |
Há porventura iniqüidade na minha lÃngua? Ou não poderia o meu paladar distinguir coisas inÃquas?
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